terça-feira, 11 de abril de 2017

Araucária no MASC 2017 participação na exposição de A. Prates

Araucária no MASC

araucária angustifolia - curi - pinheiro do paraná - pintura com terras
Aos 5, 6 anos de idade descobri sozinha que podia pintar com terra. Mais tarde, na universidade, escrevi a monografia sobre minha pintura com terra orientada por Antonio Vargas.  Esta é a quarta vez que exponho no Museu de Arte de SC; em 2008 fiz uma individual a convite de João Evangelista de Andrade Filho, então administrador do MASC. Assim que Albertina me chamou pra participar de sua exposição com uma árvore (sem folhas), me veio de imediato a araucária, claro, árvore da minha infância, pinhão assado, pinhão cozido, pinhão sapecado, pinheirinho de Natal! 





Essa espécie teve origem 200 milhões de anos atrás, e hoje, mesmo que a ciência não tenha concluído os estudos sobre ela, já está em Perigo Crítico de Extinção! Árvore mestra na pajelança indígena, presença importante na cosmogonia guarani, alimentou os colonos no oeste no séc. XIX, e lhes proporcionou riqueza com a indústria moveleira e de papel. O seu valor para o meio ambiente é enorme porque ela forma um sub-bosque com a sua sombra e atrai pássaros dispersores de sementes que promovem o crescimento de outras espécies no local, facilitando a regeneração de florestas degradadas. Dessa cooperação mútua também depende a preservação mútua: as gralhas e os papagaios também estão em Perigo Crítico de Extinção!  Em Antonio Prado há um lote de casas construídas com sua madeira que foi tombado como patrimônio pelo IPHAN. Suas folhas, pinhão e cascas têm uso medicinal, óleos, terebentina, breu, acetona, vernizes... A espécie é autóctone da região sul e o meu olhar afetivo traz para este Museu a sua imagem para promover o sentido de tempo presente e evidenciar como tem sido nossa relação com o meio ambiente a que pertencemos.

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